sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Hospitais auxiliam crianças que sentem ser do sexo oposto

Dilema desafia pais e mães no mundo inteiro, mas centros de saúde se preparam para ajudar famílias nessa situação.
Eles sentem que nasceram no corpo errado, com o sexo trocado. Meninos que se enxergam como meninas e meninas que só se imaginam como meninos. O Fantástico deste domingo (20) vai discutir um dilema que desafia pais e mães no mundo inteiro: crianças que se identificam como do sexo oposto. Que fenômeno é esse? Qual a explicação?
Você vai ver o trabalho de hospitais brasileiros que ajudam famílias nessa situação. E casos de garotos e garotas que vivem esse processo de mudança.
Fonte: G1

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Opinião: Falsa médica mata paciente com suposto aumento peniano



Esta notícia (leia aqui) vem como um alerta muito atual devido a possibilidade da aquisição do silicone líquido industrial ser muito fácil. Todos nós sabemos que existe um mercado negro clandestino e criminoso que atua em todos os países do mundo de uma forma que, a única preocupação dessas pessoas é com o ganho financeiro, deixando sempre o paciente sem nenhum respaldo ou cuidado apropriado.


Há 30 anos desenvolvendo a Reconstrução Genital no Brasil e cuidando da saúde sexual do homem e da mulher, queremos deixar o alerta e que isso não venha a ocorrer mais no mundo.


Se você quer saber informações sobre o assunto procure o Conselho Regional de Medicina (CRM) do seu Estado, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ou envie suas dúvidas  para nós pelo e-mail:clinicadantas@hotmail.com ou pelo whatsapp11 97703 5596.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O que é o Transtorno da Aversão Sexual?



Após uma tentativa de suicídio, William, com pouco mais de 40 anos, recebeu indicação médica para fazer terapia. Ele nunca havia tido qualquer tipo de contato sexual.

Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o chamado "Transtorno de Aversão Sexual", caracterizado por rejeição extrema e persistente a todo tipo de contato genital com outra pessoa.

"A mera ideia de um ato sexual gera asco, repulsa e ansiedade na pessoa. Ela se sente ameaçada e passa a sentir um medo muito intenso, por isso faz o possível para evitar todo tipo de contato", disse à BBC o psiquiatra Martin Baggaley, diretor do Centro de Saúde Mental do hospital South London and Maudsley, em Londres, Reino Unido.

O transtorno é descrito no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em tradução livre), conhecido como a "bíblia da psiquiatria", e na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As duas publicações são referência no mundo da saúde para o diagnóstico de doenças.

"O critério para fechar diagnóstico é: não ter desejo incomoda? Sabemos que existem abstêmios, chamados assexuados. Não sofrem, não se preocupam. A libido provavelmente está depositada em outra área, na carreira, num projeto de vida, numa obra social. Então, se não incomoda, não vamos categorizar como uma doença", disse à BBC Brasil Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

"Mas se a pessoa tem aversão, muito provavelmente vai se incomodar, porque o sexo está em toda a parte", disse Abdo.

Este parece ser o caso do paciente William. Durante as sessões de terapia, ele revelou que sua mãe era alcoólatra e promíscua. Ela flertava frequentemente com os amigos do filho e tinha sido infiel ao marido (o pai de William) várias vezes. Quando William tinha 12 anos, seu pai cometeu suicídio.

Em algumas ocasiões, contou o paciente, a mãe tinha tentado seduzi-lo.

O caso de William foi um entre 144 incluídos em um relatório feito pelo especialista americano Patrick Carnes, autor de vários livros sobre transtornos sexuais.


A aversão estaria relacionada a "experiências traumáticas na infância, famílias desestruturadas, agressões na vida adulta, exposição a sistemas educacionais e morais restritivos e com visão negativa da sexualidade, o que gera medo e repulsa na pessoa", disse à BBC Modesto Rey, ginecologista da Sociedad Española de Contracepción.


Além do Sexo

Os efeitos desse transtorno não se limitam ao plano sexual, explicam os especialistas.

"É um problema para os que sofrem (do transtorno) porque podem querer estabelecer relações sentimentais duradouras com outras pessoas, mas não conseguem", disse John Dean, ex-presidente da International Society for Sexual Medicine (Sociedade Internacional de Medicina Sexual, ISSM na sigla em inglês).

Em alguns pacientes, ele pode dificultar até interações sociais mais básicas. Como no caso da paciente "G", que decidiu, aos 39 anos, procurar terapia no Center for Healthy Sex (Centro para o Sexo Saudável), em Los Angeles, Estados Unidos. Ela nunca havia tido relações sexuais.

A fobia sexual que desenvolveu fez com que se isolasse de tal maneira que ela passou a evitar eventos sociais e situações em que homens pudessem estar presentes. Não se preocupava com sua aparência física, não tomava banho e usava roupas velhas e gastas.

"G" havia sofrido abuso sexual na infância.


Estatísticas e Tratamento

Há poucos estudos científicos sobre esse transtorno, o que dificulta a identificação de um perfil do paciente que tem o problema, segundo especialistas. É provável que o número de pessoas afetadas seja maior do que se pensa, disse o psiquiatra Baggaley. "As pessoas sentem muita vergonha (de falar sobre) esse assunto", explicou ele.

A professora da USP Carmita Abdo disse que, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é feito à base de terapia sexual e, quando necessário, medicação.

"A linha de terapia sexual é breve, de base cognitivo-comportamental, geralmente", disse. "Quanto à medicação, depende da necessidade de cada paciente. Poderiam ser indicados ansiolíticos ou medicamentos que favoreçam o interesse sexual, ou ambos."

O ginecologista Modesto Rey, que também indica terapias de base comportamental, explicou o princípio por trás da terapia: "Aborda-se o tema e as situações que provocam medo de forma progressiva e, inicialmente, periférica."

Também podem ser usadas terapias cognitivas, ele disse, "para que a pessoa reinterprete a realidade que gera a ansiedade".

Outros especialistas sugerem que a solução para o problema envolva tratamentos psicológicos de longo prazo, que levem o paciente a entender as causas do transtorno para depois definir objetivos futuros.


Fonte: BBC


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Conheça histórias de mulheres que mutilam o corpo em busca da felicidade

Especialistas alertam para o risco da dismorfofobia, um distúrbio explicado pela preocupação excessiva com defeito inexistentes ou mínimos na aparência física. Pacientes que não aceitam o corpo como ele é podem até tentam tirar a própria vida por não conseguirem parar com os procedimentos.

Na primeira foto, Jenny Lee, aos 15 anos. Na segunda, aos 38, depois de passar por 59 procedimentos estéticos

“Quando olho meu reflexo no espelho, ainda não gosto do que vejo. Estou tentando crescer, me aceitar. Se eu pudesse simplesmente ficar ok quanto a isso, eu seria muito feliz”. Depois de passar por 59 procedimentos estéticos, a aspirante a modelo e atriz, Jenny Lee, de 38 anos, admitiu recentemente os transtornos causados pelo seu vício em cirurgia plástica. Em entrevista concedida à apresentadora de TV Oprah Winfrey, Lee contou, emocionada, que a filha não a reconhece em fotos antigas e que hoje elas não se parecem em absolutamente nada.


Apesar de ainda não existirem estatísticas que comprovem o número de casos de vício em cirurgia plástica no país e no mundo, histórias como a de Lee são cada vez mais recorrentes. Em 2013, mais de 23 milhões de pessoas foram submetidas a algum procedimento estético, segundo dados do International Society Aesthetic Plastic Surgery (Isaps). Pela primeira vez na história, o Brasil ficou à frente dos Estados Unidos no número de cirurgias plásticas realizadas. No ranking das intervenções, o implante nos seios ocupa o primeiro lugar, seguido da lipoaspiração e da blefaroplastia (cirurgia nas pálpebras). Segundo a psiquiatra Gilda Paoliello, as submissões aos padrões estéticos sempre existiram na história mas, na nossa geração, a conduta ultrapassou todos os limites.

“Quem tem 60 anos quer parecer ter 40, quem tem 40, 30, e assim por diante. Ao contrário do que seria esperado, esses avanços não foram acompanhados do equivalente em felicidade e bem-estar. O que encontramos é uma taxa crescente de mal-estar, contabilizada nas estatísticas sobre depressão e quadros afins”, explica Paoliello.


É o caso da ex-modelo Alicia Douvall, de 34 anos, que tentou se matar por não conseguir conter o vício. Os mais de 350 procedimentos cirúrgicos realizados fizeram com que Douvall acumulasse uma dívida muito grande e não conseguisse pagá-la. Com uma filha pequena e outra adolescente, ela tentou tirar a própria vida misturando uma grande quantidade de medicamentos com álcool. A tentativa, porém, foi frustrada. Em entrevista ao jornal britânico Mirror, a ex-modelo disse que o susto serviu para mudar de vida. “Agora eu não quero nada além de estar presente no futuro das minhas filhas. Eu não quero que elas cometam os erros que cometi”, declarou.


Quando a prática vira doença

O vício em cirurgia plástica pode ser explicado de duas formas: por um transtorno psíquico, chamado dismorfofobia, ou por uma atitude despreocupada e negligente. O cirurgião plástico Vinícius Melgaço explica que, no primeiro caso, o paciente tem uma preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física. A principal característica é de descontentamento com a própria imagem. “É aquela pessoa que coloca uma prótese de silicone de 200ml hoje e amanhã quer de 300ml. Aquela que tem um nariz normal, mas enxerga ele muito feio e diz que não consegue viver com aquilo”, explica.


A modelo francesa Victoria Wild, de 30 anos, gastou aproximadamente 30 mil euros para se transformar em uma boneca inflável de verdade

Outra forma de adquirir o vício é banalizar os procedimentos. O médico explica que em alguns casos, o paciente não sofre do transtorno psíquico, mas encara as cirurgias de uma forma muito tranquila, até porque, na maioria das vezes, são operações de superfície, com pós-operatório rápido. Segundo o especialista, essas características podem fazer com que a pessoa perca o medo e o controle. "Neste caso, a responsabilidade é do profissional. Indicar ou contra indicar uma cirurgia tem que partir do médico e não do paciente", finaliza.


Um exemplo que se encaixa nessa banalização das cirurgias é o da apresentadora Andressa Urach, de 27 anos, internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital em Porto Alegre desde o último 29 de novembro. Ela chegou a ficar entre a vida e a morte por causa de uma infecção nas pernas, decorrente da aplicação do hidrogel – uma espécie de silicone que engrossa a região. “Sempre fui doente por cirurgia plástica, sem limites. Se pudesse voltar no tempo, nunca teria colocado isso”, disse recentemente a site de notícias sobre celebridades. Além de se submeter à aplicação de hidrogel, Urach tem dois implantes de silicone, fez preenchimento nos lábios, lipoaspiração, bioplastia e uma cirurgia íntima.


Sem exageros

O risco do vício fica praticamente descartado quando a cirurgia é feita para reparar um dano ou melhorar a imagem de uma parte do corpo. A publicitária Naiara Lança, de 28 anos, recorreu à mamoplastia com prótese depois de amamentar o filho, hoje com 7 anos. “Estava com 22 anos e depois que o leite secou, meus seios ficaram caídos, então decidi que não poderia ficar assim: jovem e insatisfeita com meu corpo”, diz. Ela consultou um cirurgião que recomendou o procedimento com implante da prótese de silicone atrás com músculo, o que daria um resultado mais natural.


Naiara Lança fez implante de silicone nos seios depois de amamentar o filho, mas não vê risco de ficar viciada em cirurgia plástica
A favor das cirurgias estéticas, ela defende a vaidade e não descarta a possibilidade de fazer uma abdominoplastia caso tenha um segundo filho. A publicitária reconhece, porém, os riscos e as dores presentes em alguns procedimentos. “Acaba que a gente faz essas coisas pra ficar bem com a gente mesma, mas há limite. No rosto eu não faria. No máximo, usaria esses cremes anti-idade, que inclusive, já comecei a usar este ano, com o objetivo de prevenção”, explica.


Para Paoliello e Melgaço, em todos os casos, é imprescindível o alerta do profissional sobre o risco de vício ou de uma cirurgia desnecessária. “Se ele perceber que o paciente não está psicologicamente preparado para a cirurgia, ou que o que o paciente solicita tem uma conotação deslocada, ele deve encaminhar esta pessoa ao psiquiatra”, alerta a especialista.



Fonte: Uai