A imagem corporal é a percepção que temos de nós próprios e o que idealizamos ao pensarmos nos nossos corpos e aparência física. A imagem corporal é influenciada pelos padrões estipulados pela sociedade e a cultura que nos rodeia. A nossa família e as experiências individuais influenciam também a nossa imagem corporal.
Perceber certas características em nós mesmos como falhas, como um dente torto ou coxas com estrias, está longe de ser incomum ou anormal. Mas o desenvolvimento de uma obsessão por essas supostas falhas em nossa aparência é conhecido como transtorno dismórfico corporal (TDC).
O TDC afeta algo entre 1,7 e 2,4% da população geral, que é de cerca de 1 em 50 pessoas. O distúrbio, que pode afetar homens e mulheres, é classificado no espectro obsessivo-compulsivo.
Isso significa que a pessoa afetada provavelmente recorrerá a comportamentos compulsivos para lidar com o que eles acreditam ser imperfeições. Por exemplo, alguém com acne pode constantemente escolher em sua pele.
Aqueles com BDD também podem se sentir muito desconfortáveis quando se olham no espelho ou gastam uma quantidade excessiva de tempo comparando suas partes do corpo com as dos outros. A comparação é frequentemente realizada com celebridades que são uma preocupação comum entre os jovens, particularmente adolescentes.
Embora os anúncios de capas de revistas e campanhas publicitárias tenham sido anunciados no passado por promoverem padrões irrealistas de beleza, pesquisadores do Boston Medical Center acreditam que o mesmo ciclo está sendo propagado por mídias sociais e aplicativos de edição de fotos para smartphones.
Seu novo estudo foi publicado na revista JAMA Facial Plastic Surgery em 2 de agosto.
Artur Debat via Getty Images
Os pesquisadores argumentaram que as percepções de beleza estão sendo influenciadas por selfies filtradas de nossos próprios amigos e colegas. Eles destacaram como as pessoas que sofrem com o BDD hoje podem procurar mídias sociais em busca de validação.
Mas a tecnologia pode ter um impacto prejudicial, já que um dos estudos citados mostrou como as adolescentes manipulam suas fotos online quando se preocupam mais com a aparência do corpo. Outra descoberta revelou que quase 55 por cento dos cirurgiões plásticos relatam ter visto pacientes que procuram por eles com a intenção de melhorar a aparência deles em selfies.
"Um novo fenômeno chamado 'dismorfia de Snapchat' apareceu onde os pacientes estão procurando uma cirurgia para ajudá-los a aparecer como as versões filtradas de si mesmos", disse Neelam Vashi, diretora do Centro de Pele Étnica da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston.
"Selfies filtradas podem fazer com que as pessoas percam o contato com a realidade, criando a expectativa de que devemos estar perfeitamente preparadas o tempo todo."
Embora a maioria das pessoas possa tomar selfies sem enfrentar tais problemas, Vashi observou que as pessoas que têm sintomas de dismorfia corporal podem achar que sua obsessão começa a piorar. Adolescentes estão entre aqueles que estão em maior risco para o TDC, disse ela, tornando importante para os profissionais de saúde compreender as implicações das mídias sociais na imagem corporal.
Cirurgia estética não é recomendada por especialistas nesses casos. A Associação de Ansiedade e Depressão da América lista a terapia cognitivo-comportamental como a primeira escolha de tratamento para aqueles que sofrem do transtorno.
Transtorno Dismórfico Corporal atinge 0,5% da população, principalmente jovens.
Por Felipe Bueno
A jornalista Daiana Garbin, 34, esposa de Tiago Leifert e conhecida dos telejornais da rede Globo São Paulo, é aos olhos de amigos e familiares uma mulher linda e magra. Ela, porém, desde os 12 anos, tem uma dificuldade de enfrentar o espelho diariamente. Ver o seu corpo refletido tornou-se um problema, pois a imagem que tem de si não corresponde com aquilo que é na realidade. Ela se sente gorda, embora o seu índice de massa corporal esteja dentro do que é considerado normal pela medicina. Há cerca de um ano, ela foi diagnosticada com o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC).
Depois de um depoimento corajoso (vídeo acima), dado em seu canal do YouTube, “EuVejo”, o caso de Daiana Garbin ganhou repercussão e trouxe à luz a dismorfia da imagem, popularmente conhecida como doença da beleza. O primeiro episódio de descontentamento de Daiana se deu ainda criança. Aos 5 anos, sua mãe foi buscá-la no balé e se surpreendeu ao vê-la chorar, pois se achava a mais gordinha entre as meninas. Mais tarde, Diana chegou a fazer três lipoaspirações e tomar remédios para emagrecer, mas continuava insatisfeita com o corpo. “Eu sempre me vi maior do que sou. Me via mais alta e larga. Sentia que a minha caixa torácica era larga, os braços largos e grossos como de um homem, a cabeça grande. Sempre achei meu quadril largo e a bunda grande”, diz.
Segundo o psiquiatra Eduardo Aratangy, do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é caracterizado por uma preocupação excessiva com a própria aparência e por uma tendência de enxergar uma pequena imperfeição de modo exagerado ou mesmo imaginar ter um defeito que não existe.
“O Transtorno Dismórfico Corporal é um quadro psiquiátrico. A pessoa passa a sofrer muito em decorrência de algum pequeno defeito corporal, podendo este ser até imaginário. O indivíduo passa a não aceitar uma parte do corpo, que pode ser a face, o nariz, o cabelo, alguma mancha ou marca, um membro do corpo como barriga e perna”, exemplifica.
Incidência
A patologia, segundo o especialista, atinge 0,5% da população geral. A incidência é maior nas mulheres e em pessoas com idades entre 20 e 25 anos. Entre as pessoas que procuram dermatologista, 15% apresentam dismorfia corporal, já os que recorrem aos cirurgiões plásticos, a recorrência é de 16%.
Parte dessa estatística, Daiana vem tentando vencer essa experiência de não aceitação do corpo. “Eu nunca tinha contado para ninguém. Tinha vergonha. Eu sempre falava que me achava gorda e as pessoas não costumam entender esse tipo de doença, por falta de informação. Foi quando percebi que era preciso falar sobre isso”, comenta a jornalista.
O cuidado com a aparência tem pautado cada dia mais a rotina das pessoas. Porém, é preciso estar atento à diferença entre ser vaidoso e ter um comportamento obsessivo em relação ao cuidado com o corpo. Para Aratangy, os transtornos mentais são exacerbações de características normais. “A tristeza é um sentimento normal. Quando é algo invasivo e determinante na vida, torna-se uma patologia. É o caso da depressão. É natural ter preocupação com o corpo, com a aparência, acordar um dia, olhar-se no espelho e não sentir-se bem. Quando essa preocupação se torna obsessiva, passa a ser uma doença”.
A modelo Camila Carolina Ferreira, 27, nascida em Cuiabá e radicada em Goiânia, nunca se sentiu satisfeita com o corpo. Quando ingressou no mundo da moda, aos 14 anos, a cobrança com a beleza passou a ser maior. “Antes de ser diagnosticada (com Transtorno Dismórfico Corporal), eu me sentia gorda e inadequada o tempo todo. As pessoas que conviviam comigo, principalmente no meu trabalho, diziam que eu estava muito magra, mas mesmo assim eu não conseguia me enxergar magra”, comenta.
Em decorrência da doença, Camila abandonou alguns hábitos comuns. Deixou de sair à noite, passou a evitar as pessoas e o convívio social, deixou de ir a lugares que fossem ter comida, como festas de aniversário. Abandonou também o uso de biquíni e roupas que marcassem ou mostrassem sua barriga. Embora tenha 1,72 m, a ex-modelo que já pesou 46 kg, e agora pesa 53 kg, é categórica ao dizer que não gosta de sua barriga.
Como observado por Aratangy, pacientes que têm esse transtorno apresentam retração social. O indivíduo deixa de viver e frequentemente tem sintomas depressivos. “Primeiramente, desenvolve uma preocupação com algum aspecto da sua aparência. A incapacidade de se desfazer desses pensamentos, a preocupação constante, faz com que não consigam desenvolver suas atividades normalmente”, expõe.
“Eu perdi alguns amigos e quase perdi meu namorado (um relacionamento de oito anos). Minha vida profissional também foi prejudicada, pois, por conta do tratamento e dos medicamentos, tive e tenho que me ausentar várias vezes do trabalho. Não perdi o emprego, mas senti que isso foi ruim para minha carreira”, revela Camila, profissional de relações internacionais. Ela foi diagnosticada no início de 2015 e, desde então, faz tratamento psiquiátrico aliado a medicamentos e acompanhamento de psicólogo e nutricionista. “Hoje me considero no meio do meu tratamento, me sinto bem, vejo o meu corpo bonito e magro”, completa.
Daiana Garbin dá seu depoimento
Ao expor o seu problema, a jornalista Daiana Garbin trouxe à tona a discussão sobre um assunto ainda pouco estudado – o Transtorno Dismórfico Corporal. Embora tenha trabalhado como repórter de TV, ela confessa que nunca gostou de se ver na telinha.
Depois de ser diagnosticada com o transtorno, ela começou a pesquisar sobre o tema e sentiu a necessidade de falar sobre isso. Em seu canal do YouTube, “Eu Vejo”, ela se dedica a trocar com o público relatos sobre suas experiências. Ela acredita que as pessoas estão vivendo um momento de grande exposição com as redes sociais e que isso é algo prejudicial. “As pessoas se comparam com as outras. Comparam as próprias vidas e o corpo que têm. E passam a se cobrar por aquilo”, exemplifica.
“Eu acho que a mídia contribui para que as mulheres se sintam aprisionadas de alguma maneira. As revistas de moda mostram modelos extremamente magras. A moda nos faz sentir fora do padrão. Eu acho que os estilistas e a indústria da moda deveriam usar modelos com o corpo da mulher brasileira. As marcas, se fizessem isso, com certeza venderiam muito mais”.
Para driblar a doença, ela cola no espelho do seu banheiro post-it com mensagens para elevar a sua autoestima. “Eu sempre chorava, insatisfeita com minha aparência. Jurei que nunca mais ia passar por isso. Eu leio as mensagens que colo no espelho todos os dias, sorrio para mim mesma. Isso tem me ajudado muito”.
A descoberta da doença veio com uma indagação de sua terapeuta, que costumava achar estranho a não aceitação de Daiana pelo seu corpo. Ela confrontou a jornalista com fotos suas e percebeu que nunca foi gorda. Outra técnica foi colocá-la para ocupar espaços que ela acredita que não poderia ocupar, por se ver maior do que realmente é.
“Eu faço acompanhamento com psicólogo uma vez por semana. Quando estou com uma questão mais forte, faço duas sessões por semana. Eu precisei ter coragem pra mostrar o meu sofrimento, para mostrar que todos nós temos fraquezas, somos vulneráveis”, comenta Daiana, que no momento está no processo de escrita de um livro sobre seu transtorno, resultado do conteúdo que vem produzindo para o seu canal do YouTube. A obra está prevista para ser lançada no início de 2017 pela editora Sextante.
Depois de perceber que o problema que tinha não era meramente excesso de vaidade, Daiana, que sempre teve uma relação difícil com a comida e o seu corpo, vem vencendo o descontentamento que tem de sua imagem. Em sua última matéria, para o telejornal “SPTV”, da rede Globo, que foi ao ar em abril deste ano, a jornalista conseguiu superar a vergonha em usar roupas que revelassem o seu corpo.
“Eu sempre tive vergonha de ir à praia. O máximo que faço é correr no calçadão com roupa de ginástica. Eu acho que evolui muito nessa questão. Eu tenho arriscado sair com roupas mais justas. No meu último dia como repórter da Globo, estava fazendo muito calor em São Paulo. Eu sai no vídeo da reportagem com uma blusa de manga curta. Isso foi uma vitória para mim. Há dois anos, jamais conseguiria fazer isso. A gente tem que vencer nossos medos e nossas vergonhas. Não precisamos de um corpo diferente, a gente precisa mudar a nossa mente. Comecei, primeiro, a entender que o problema estava na minha mente, e, segundo, que o corpo não é o mais importante”, conclui. Padrão estético estimula distúrbio
Ainda que um tema pouco estudado, a professora de psicologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro, Joana de Vilhena Novaes – organizadora do livro “Que Corpo É Este que Anda Sempre Comigo?” –, revela que o Transtorno Dismórfico Corporal vem crescendo nos últimos anos e é um distúrbio predominantemente feminino.
“Mesmo com todos os avanços conseguidos pelo feminismo, a sociedade, sobretudo no Brasil, onde a mulher é vista como um objeto, é falocêntrica. Existe uma super exploração do corpo da mulher pela mídia. Há uma opressão forte que incide sobre a mulher. A socialização da mulher, por exemplo, dá-se em torno da beleza. Diferentemente do homem, que se dá através do dinheiro. O nosso imaginário tem um olhar condescendente com o homem. A barriguinha lhe confere um charme. Essa condescendência a gente não vê com a mulher”, observa.
O culto à beleza e os padrões impostos foram determinantes para que a ex-modelo e analista de comércio exterior Camila Carolina Ferreira, 27, desenvolvesse o distúrbio. “Existe uma sociedade que nos fere ao colocar um padrão de beleza. A sociedade exige um padrão de magreza tão absurdo que nem algumas modelos conseguem se enquadrar, como foi no meu caso. Eu era cobrada o tempo todo a ficar cada vez mais magra, e nunca era suficiente para o mundo da moda”.
A preocupação excessiva da agente de saúde e catarinense de Brusque, Talita Sestrem Teske, 21, com a própria aparência, começou aos 10 anos. “A sociedade e a mídia, em si, cobram as mulheres serem bonitas. Isso mexe muito com o nosso psicológico, e nos faz acreditar que somos feias se não tivermos aquele biotipo”.
Há cerca de três anos, percebeu que o seu incômodo ultrapassava o limite comum e foi diagnosticada com Transtorno Dismórfico Corporal. “Antes eu não sabia que isso tinha um nome, só odiava a imagem que via no espelho”, expõe. Talita costuma se ver muito acima de seu peso e diz ter dificuldade de se enxergar bonita. “Fujo dos espelhos e de fotos. Se eu não me vejo, não me incomodo tanto. As pessoas acham que eu sou exagerada e que me vejo muito maior do que realmente sou”, conta.
Sinais
Para Joana de Vilhena Novaes, familiares e amigos têm de estar atentos aos sinais para identificar o transtorno. “Quando uma pessoa tem uma mudança de rotina significativa, em um curto espaço de tempo, e começa restringir a alimentação e ter uma perda da vida social, isso pode indicar que ela tenha desenvolvido o transtorno”, aponta.
Ao chegar ao trabalho, a enfermeira Fernanda Espinosa Pavulack, 31, natural de Pelotas, Rio Grande do Sul, costuma receber dos colegas palavras de encorajamento. “Fernandinha, você está muito magrinha”, dizem uns. Outros comentam: “Fernandinha, você está bem assim”. Porém, ela não se convence disso e se sente descontente com a sua imagem.
Ela usa roupas largas e grandes. Não se toca e não se olha no espelho. Também não anda de salto, pois diz se sentir grande e gorda. Arrumar-se e se maquiar são hábitos que não fazem parte da sua vida. Para ela, quanto mais desapercebida passar, melhor. “Eu tomo banho com a luz apagada para não ver meu corpo, não me toco no banho para não sentir minhas gorduras. Quando estou no claro, fecho os olhos e só abro quando estou vestida”, confidencia.
Fernanda, depois de ser internada, vem sendo acompanhada por nutricionista, psicólogo, médico clínico e psiquiatra. Na primeira vez em que foi para o hospital, em função da falta de se alimentar e emagrecimento excessivo, foi no ano 2000. “Eu cheguei a parar de menstruar, perdi cabelo, meu brilho, o controle da minha vida. Eu estava pálida, triste. Mas tudo bem, eu estava magra”, relembra ela.
Tratamento
O psiquiatra Eduardo Aratangy, do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, salienta que o tratamento para quem apresenta o Transtorno Dismórfico Corporal deve ser realizado em três linhas: o farmacológico, acompanhamento médico e a psicoterapia.
“O tratamento psicoterápico mais estudado é o cognitivo comportamental. Nesta terapia, de percepção corporal, o indivíduo aprenderá a lidar melhor com a sua imagem”, destaca. “Um ponto importante, a ser observado, é que as pessoas que apresentam dismorfia recorrem primeiro a cirurgiões plásticos e não procuram psiquiatras. O sofrimento dessas pessoas é algo real. Não é uma escolha, muito menos uma futilidade”, completa Aratangy.
A psicóloga Joana Novaes defende que, no âmbito da profilaxia, é preciso atuar conjuntamente com a educação. “Desde cedo, é preciso criar contrapontos e questionar os padrões de beleza, na escola e no ambiente familiar, para que as crianças criem consciência. É necessário trabalhar o empoderamento desde os primeiros anos. A medicina não consegue promover esse debate sem ter a mobilização de pais e professores. A partir da formação de uma massa crítica, a gente consegue criar uma frente a essa cultura da beleza”, defende Joana.
Dilema desafia pais e mães no mundo inteiro, mas centros de saúde se preparam para ajudar famílias nessa situação.
Eles sentem que nasceram no corpo errado, com o sexo trocado. Meninos que se enxergam como meninas e meninas que só se imaginam como meninos. O Fantástico deste domingo (20) vai discutir um dilema que desafia pais e mães no mundo inteiro: crianças que se identificam como do sexo oposto. Que fenômeno é esse? Qual a explicação?
Você vai ver o trabalho de hospitais brasileiros que ajudam famílias nessa situação. E casos de garotos e garotas que vivem esse processo de mudança.
Esta notícia (leia aqui) vem como um alerta muito atual devido a possibilidade da aquisição do silicone líquido industrial ser muito fácil. Todos nós sabemos que existe um mercado negro clandestino e criminoso que atua em todos os países do mundo de uma forma que, a única preocupação dessas pessoas é com o ganho financeiro, deixando sempre o paciente sem nenhum respaldo ou cuidado apropriado.
Há 30 anos desenvolvendo a Reconstrução Genital no Brasil e cuidando da saúde sexual do homem e da mulher, queremos deixar o alerta e que isso não venha a ocorrer mais no mundo.
Se você quer saber informações sobre o assunto procure o Conselho Regional de Medicina (CRM) do seu Estado, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ou envie suas dúvidas para nós pelo e-mail:clinicadantas@hotmail.com ou pelo whatsapp: 11 97703 5596.
Após uma tentativa de suicídio, William, com pouco mais de 40 anos, recebeu indicação médica para fazer terapia. Ele nunca havia tido qualquer tipo de contato sexual.
Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o chamado "Transtorno de Aversão Sexual", caracterizado por rejeição extrema e persistente a todo tipo de contato genital com outra pessoa.
"A mera ideia de um ato sexual gera asco, repulsa e ansiedade na pessoa. Ela se sente ameaçada e passa a sentir um medo muito intenso, por isso faz o possível para evitar todo tipo de contato", disse à BBC o psiquiatra Martin Baggaley, diretor do Centro de Saúde Mental do hospital South London and Maudsley, em Londres, Reino Unido.
O transtorno é descrito no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em tradução livre), conhecido como a "bíblia da psiquiatria", e na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As duas publicações são referência no mundo da saúde para o diagnóstico de doenças.
"O critério para fechar diagnóstico é: não ter desejo incomoda? Sabemos que existem abstêmios, chamados assexuados. Não sofrem, não se preocupam. A libido provavelmente está depositada em outra área, na carreira, num projeto de vida, numa obra social. Então, se não incomoda, não vamos categorizar como uma doença", disse à BBC Brasil Carmita Abdo, psiquiatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
"Mas se a pessoa tem aversão, muito provavelmente vai se incomodar, porque o sexo está em toda a parte", disse Abdo.
Este parece ser o caso do paciente William. Durante as sessões de terapia, ele revelou que sua mãe era alcoólatra e promíscua. Ela flertava frequentemente com os amigos do filho e tinha sido infiel ao marido (o pai de William) várias vezes. Quando William tinha 12 anos, seu pai cometeu suicídio.
Em algumas ocasiões, contou o paciente, a mãe tinha tentado seduzi-lo.
O caso de William foi um entre 144 incluídos em um relatório feito pelo especialista americano Patrick Carnes, autor de vários livros sobre transtornos sexuais.
A aversão estaria relacionada a "experiências traumáticas na infância, famílias desestruturadas, agressões na vida adulta, exposição a sistemas educacionais e morais restritivos e com visão negativa da sexualidade, o que gera medo e repulsa na pessoa", disse à BBC Modesto Rey, ginecologista da Sociedad Española de Contracepción.
Além do Sexo
Os efeitos desse transtorno não se limitam ao plano sexual, explicam os especialistas.
"É um problema para os que sofrem (do transtorno) porque podem querer estabelecer relações sentimentais duradouras com outras pessoas, mas não conseguem", disse John Dean, ex-presidente da International Society for Sexual Medicine (Sociedade Internacional de Medicina Sexual, ISSM na sigla em inglês).
Em alguns pacientes, ele pode dificultar até interações sociais mais básicas. Como no caso da paciente "G", que decidiu, aos 39 anos, procurar terapia no Center for Healthy Sex (Centro para o Sexo Saudável), em Los Angeles, Estados Unidos. Ela nunca havia tido relações sexuais.
A fobia sexual que desenvolveu fez com que se isolasse de tal maneira que ela passou a evitar eventos sociais e situações em que homens pudessem estar presentes. Não se preocupava com sua aparência física, não tomava banho e usava roupas velhas e gastas.
"G" havia sofrido abuso sexual na infância.
Estatísticas e Tratamento
Há poucos estudos científicos sobre esse transtorno, o que dificulta a identificação de um perfil do paciente que tem o problema, segundo especialistas. É provável que o número de pessoas afetadas seja maior do que se pensa, disse o psiquiatra Baggaley. "As pessoas sentem muita vergonha (de falar sobre) esse assunto", explicou ele.
A professora da USP Carmita Abdo disse que, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é feito à base de terapia sexual e, quando necessário, medicação.
"A linha de terapia sexual é breve, de base cognitivo-comportamental, geralmente", disse. "Quanto à medicação, depende da necessidade de cada paciente. Poderiam ser indicados ansiolíticos ou medicamentos que favoreçam o interesse sexual, ou ambos."
O ginecologista Modesto Rey, que também indica terapias de base comportamental, explicou o princípio por trás da terapia: "Aborda-se o tema e as situações que provocam medo de forma progressiva e, inicialmente, periférica."
Também podem ser usadas terapias cognitivas, ele disse, "para que a pessoa reinterprete a realidade que gera a ansiedade".
Outros especialistas sugerem que a solução para o problema envolva tratamentos psicológicos de longo prazo, que levem o paciente a entender as causas do transtorno para depois definir objetivos futuros.
Especialistas alertam para o risco da dismorfofobia, um distúrbio explicado pela preocupação excessiva com defeito inexistentes ou mínimos na aparência física. Pacientes que não aceitam o corpo como ele é podem até tentam tirar a própria vida por não conseguirem parar com os procedimentos.
Na primeira foto, Jenny Lee, aos 15 anos. Na segunda, aos 38, depois de passar por 59 procedimentos estéticos
“Quando olho meu reflexo no espelho, ainda não gosto do que vejo. Estou tentando crescer, me aceitar. Se eu pudesse simplesmente ficar ok quanto a isso, eu seria muito feliz”. Depois de passar por 59 procedimentos estéticos, a aspirante a modelo e atriz, Jenny Lee, de 38 anos, admitiu recentemente os transtornos causados pelo seu vício em cirurgia plástica. Em entrevista concedida à apresentadora de TV Oprah Winfrey, Lee contou, emocionada, que a filha não a reconhece em fotos antigas e que hoje elas não se parecem em absolutamente nada.
Apesar de ainda não existirem estatísticas que comprovem o número de casos de vício em cirurgia plástica no país e no mundo, histórias como a de Lee são cada vez mais recorrentes. Em 2013, mais de 23 milhões de pessoas foram submetidas a algum procedimento estético, segundo dados do International Society Aesthetic Plastic Surgery (Isaps). Pela primeira vez na história, o Brasil ficou à frente dos Estados Unidos no número de cirurgias plásticas realizadas. No ranking das intervenções, o implante nos seios ocupa o primeiro lugar, seguido da lipoaspiração e da blefaroplastia (cirurgia nas pálpebras). Segundo a psiquiatra Gilda Paoliello, as submissões aos padrões estéticos sempre existiram na história mas, na nossa geração, a conduta ultrapassou todos os limites.
“Quem tem 60 anos quer parecer ter 40, quem tem 40, 30, e assim por diante. Ao contrário do que seria esperado, esses avanços não foram acompanhados do equivalente em felicidade e bem-estar. O que encontramos é uma taxa crescente de mal-estar, contabilizada nas estatísticas sobre depressão e quadros afins”, explica Paoliello.
É o caso da ex-modelo Alicia Douvall, de 34 anos, que tentou se matar por não conseguir conter o vício. Os mais de 350 procedimentos cirúrgicos realizados fizeram com que Douvall acumulasse uma dívida muito grande e não conseguisse pagá-la. Com uma filha pequena e outra adolescente, ela tentou tirar a própria vida misturando uma grande quantidade de medicamentos com álcool. A tentativa, porém, foi frustrada. Em entrevista ao jornal britânico Mirror, a ex-modelo disse que o susto serviu para mudar de vida. “Agora eu não quero nada além de estar presente no futuro das minhas filhas. Eu não quero que elas cometam os erros que cometi”, declarou.
Quando a prática vira doença
O vício em cirurgia plástica pode ser explicado de duas formas: por um transtorno psíquico, chamado dismorfofobia, ou por uma atitude despreocupada e negligente. O cirurgião plástico Vinícius Melgaço explica que, no primeiro caso, o paciente tem uma preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física. A principal característica é de descontentamento com a própria imagem. “É aquela pessoa que coloca uma prótese de silicone de 200ml hoje e amanhã quer de 300ml. Aquela que tem um nariz normal, mas enxerga ele muito feio e diz que não consegue viver com aquilo”, explica.
A modelo francesa Victoria Wild, de 30 anos, gastou aproximadamente 30 mil euros para se transformar em uma boneca inflável de verdade
Outra forma de adquirir o vício é banalizar os procedimentos. O médico explica que em alguns casos, o paciente não sofre do transtorno psíquico, mas encara as cirurgias de uma forma muito tranquila, até porque, na maioria das vezes, são operações de superfície, com pós-operatório rápido. Segundo o especialista, essas características podem fazer com que a pessoa perca o medo e o controle. "Neste caso, a responsabilidade é do profissional. Indicar ou contra indicar uma cirurgia tem que partir do médico e não do paciente", finaliza.
Um exemplo que se encaixa nessa banalização das cirurgias é o da apresentadora Andressa Urach, de 27 anos, internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital em Porto Alegre desde o último 29 de novembro. Ela chegou a ficar entre a vida e a morte por causa de uma infecção nas pernas, decorrente da aplicação do hidrogel – uma espécie de silicone que engrossa a região. “Sempre fui doente por cirurgia plástica, sem limites. Se pudesse voltar no tempo, nunca teria colocado isso”, disse recentemente a site de notícias sobre celebridades. Além de se submeter à aplicação de hidrogel, Urach tem dois implantes de silicone, fez preenchimento nos lábios, lipoaspiração, bioplastia e uma cirurgia íntima.
Sem exageros
O risco do vício fica praticamente descartado quando a cirurgia é feita para reparar um dano ou melhorar a imagem de uma parte do corpo. A publicitária Naiara Lança, de 28 anos, recorreu à mamoplastia com prótese depois de amamentar o filho, hoje com 7 anos. “Estava com 22 anos e depois que o leite secou, meus seios ficaram caídos, então decidi que não poderia ficar assim: jovem e insatisfeita com meu corpo”, diz. Ela consultou um cirurgião que recomendou o procedimento com implante da prótese de silicone atrás com músculo, o que daria um resultado mais natural.
Naiara Lança fez implante de silicone nos seios depois de amamentar o filho, mas não vê risco de ficar viciada em cirurgia plástica
A favor das cirurgias estéticas, ela defende a vaidade e não descarta a possibilidade de fazer uma abdominoplastia caso tenha um segundo filho. A publicitária reconhece, porém, os riscos e as dores presentes em alguns procedimentos. “Acaba que a gente faz essas coisas pra ficar bem com a gente mesma, mas há limite. No rosto eu não faria. No máximo, usaria esses cremes anti-idade, que inclusive, já comecei a usar este ano, com o objetivo de prevenção”, explica.
Para Paoliello e Melgaço, em todos os casos, é imprescindível o alerta do profissional sobre o risco de vício ou de uma cirurgia desnecessária. “Se ele perceber que o paciente não está psicologicamente preparado para a cirurgia, ou que o que o paciente solicita tem uma conotação deslocada, ele deve encaminhar esta pessoa ao psiquiatra”, alerta a especialista.
A auto-imagem idealizada pode assumir muitas formas. E nem sempre dita padrões de perfeição geralmente aceitos. Muitas vezes impõem altos padrões morais, assim você não vai questionar a sua validade. Afinal, não é certo querer ser correto? Não é isso que todos esperam que façamos?
É, mas assim fica difícil você perceber que está acontecendo uma atitude quase compulsiva em negar a imperfeição que está presente. Observe a simulação, a culpa, o orgulho e ansiedade. Se você avançar um pouco mais, perceberá um medo profundamente secreto que sussurra que seu mundo terminará se você não viver conforme seus padrões. Você perceberá muitos outros aspectos entre o seu eu autêntico e o não-autêntico. E escutará a ladainha constante de reclamação de seu eu idealizado.
Porém, existem tendências agressivas, arrogantes e ambiciosas por trás de seu eu idealizado, mas elas estão escondidas, provocando a maior ansiedade caso seu eu idealizado venha a ser exposto pela fraude que é. Observe a si mesmo e aos outros também: nada torna alguém tão vulnerável quanto o orgulho. Na maioria das vezes, existe uma combinação dessas duas tendências: padrões morais superexigentes e orgulho de ser invulnerável, distante e superior. Só que para perceber isso, você vai ter uma longa caminhada pela frente.
Uma vez que é impossível cumprir os padrões e ditames do eu idealizado, você nunca abandona a tentativa de mantê-los e pode cultivar dentro de si uma tirania da pior espécie. Você não se dá conta de que é impossível ser tão perfeito quando seu eu idealizado exige, e por isso se castiga e sente-se fracassado, uma vez que não consegue corresponder às suas próprias exigências. Uma sensação de inutilidade, como um estado de miséria consciente. Perceba a impossibilidade do que você espera de si mesmo, caso contrário vai acabar projetando a culpa do seu fracasso no mundo, nos outros, na vida.
Quanto mais você tentar se identificar com sua auto-imagem idealizada, maior será o seu desencanto toda a vez que a vida o puser diante de uma situação em que esse disfarce não possa ser mantido. Aí, então, além de um problema objetivo você tem um problema interno. Problemas e dificuldades são uma prova de que você não é o seu eu idealizado!
A Aceitação de Si Mesmo
O desejo verdadeiro de melhorar leva a aceitar a própria personalidade como ela é neste momento. A partir daí, qualquer descoberta daquilo que o impede de realizar seus ideais não o lançará na depressão, na ansiedade e na culpa, mas, antes, o fortalecerá.
Você não terá a necessidade de exagerar a "maldade" do comportamento detectado, nem se defenderá contra ele com desculpas de que é problema dos outros, da vida ou do destino.
Apenas conseguirá construir uma visão objetiva de si mesmo com relação a isto, e essa visão o libertará. Você assumirá total responsabilidade por suas atitudes imperfeitas, desejoso de assumir as conseqüências sobre si mesmo.
E quando você assume a responsabilidade por si mesmo, equivale a dizer "Não sou meu eu idealizado".
Livro "O Caminho da Autotransformação" Eva Pierrakos – editora Cultrix
A busca pelo corpo perfeito não é exclusividade feminina. Jovens e adultos malham durante horas para garantir seus músculos, e detalhe: quase nunca se sentem satisfeitos com o corpo e a imagem que conquistam. Um estudo realizado em Minnesota (Estados Unidos) com 1.307 adolescentes e publicado no jornal americano "Pediatrics", em novembro de 2012, revelou que 90% deles se exercitam apenas para ganhar músculos.
Estes jovens que cultuam a forma física em excesso e que fazem de tudo pelo corpo perfeito, desrespeitando ainda o "mente sã, corpo são", podem sofrer de um distúrbio chamado 'vigorexia'. A pessoa que tem esse problema, também conhecido como 'Síndrome de Adônis', em referência ao deus grego da beleza, nunca está satisfeito com sua imagem corporal. Devido a isso, o treinamento ou musculação se torna uma obsessão prejudicando as saúdes física e mental.
No mundo dos famosos, por exemplo, o site britânico "Daily Mail" levantou recentemente a hipótese de que a rainha do pop, Madonna, pode sofrer desse exagero na musculação e dieta, uma vez que ela malharia horas por dia e seis vezes por semana. Embora tenham a mesma raiz, a distorção da imagem corporal, a vigorexia é o oposto da anorexia. Enquanto esta faz com que as meninas se olhem e se sintam sempre gordas, os vigoréxicos já têm uma musculatura bem definida, mas sempre se acham magros e fracos e, por isso, vivem na academia.
O diagnóstico das pessoas com vigorexia pode ser identificado a partir de comportamentos típicos, como treinamento excessivo, distorção da imagem corporal, baixa autoestima e as modificações preocupantes na dieta, além da tendência a se automedicar. Sem contar que os vigoréxicos fogem de situações nas quais o corpo possa ser exposto, desistindo de atividades sociais.
O transtorno, explica Cezar Vicente Jr, nutricionista especialista em transtornos alimentares, que trabalha no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em São Paulo, é conhecido como 'dismorfia muscular' ou 'bigorexia'. O termo tem origem nas palavras "vigor", que significa força; e "Oréxis", que significa fome, apetite. Daí que o sentido de vigorexia pode ser entendido como "o apetite por ficar cada vez mais forte".
A vigorexia foi recentemente incluída no novo manual de psiquiatria americano (DSM-V, 2013) e classificada como um subtipo do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), um problema de saúde mental relacionado com a imagem corporal. "Ainda existem poucos estudos sobre o tema e por isso há dificuldades para avaliar a prevalência de vigorexia na população. Entretanto, os que existem mostram que a maioria dos vigoréxicos são homens, mas pode ocorrer em mulheres também", explica Cezar, membro do Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares (Genta).
Muitas mulheres têm uma relação complexa com o espelho, pois estão insatisfeitas com o que veem. Em vez de focar nos aspectos negativos, elas deveriam olhar para si e encarar o reflexo como uma oportunidade de reconhecer a própria beleza. De acordo com uma nova pesquisa realizada pela marca Dove, uma em cada três mulheres se sente ansiosa e quase nunca sorri para si mesma ao olhar para o espelho e ver sua imagem refletida.
Para mostrar às mulheres que a beleza deve ser uma fonte de confiança e não de ansiedade, a marca produziu o vídeo Espelhos, que mostra a reação das mulheres quando veem seus próprios reflexos, em contraste com a reação de meninas quando se enxergam refletidas. No filme, as mulheres não gostam de ver as próprias imagens, enquanto as crianças adoram se olhar. A ideia é encorajar as mulheres a sorrir quando olham no espelho.
"A mulher tende a ser muito autocrítica ao se olhar no espelho e isso, em geral, afeta sua confiança pessoal e felicidade com relação à beleza", diz Denise Door, gerente de marketing de Dove.
Ansiedade sobre a beleza
Quando se olham no espelho, 60% das mulheres não veem apenas a aparência, mas também as emoções refletidas, o que está enraizado na ansiedade. Segundo o estudo de Dove, uma em cada três escolhe um adjetivo negativo para se descrever. Para a Marca, encorajar mulheres a desenvolver um relacionamento positivo com a beleza - o que muitas vezes começa com o simples fato de gostar do seu próprio reflexo - pode ajudar a elevar a autoestima.
Meninas "refletem" o comportamento de suas mães
Ainda segundo o estudo, é importante que as mães reconheçam a própria beleza, pois as filhas sempre são influenciadas pelos exemplos positivos – especialmente se os temas são beleza, confiança e autoestima.
Dove convida as mulheres a recuperar a alegria ao ver o próprio reflexo no espelho e transmitir esse sentimento para as próximas gerações. Com o programa de autoestima, a marca já alcançou 12 milhões de jovens e estabeleceu uma meta de multiplicar a mensagem para 15 milhões até o final de 2015.
Quanto mais olha, menos gosta
As mulheres se olham no espelho mais de seis vezes ao dia, totalizando uma média de 50 minutos, durante um período de 24 horas.Um quinto das mulheres diz que nunca foram felizes com o próprio reflexo, citando o espelho como seu crítico mais cruel. Apesar de não gostar do que veem, elas se tornam ainda mais ansiosas e querem se olhar cada vez mais – sempre que há uma oportunidade. Nos espelhos do carro (50%), em vitrines (48%) e em elevadores (44%).
O vídeo Espelhos convida as mulheres a recuperar o entusiasmo de ver a sua imagem refletida.